Dentro dos parâmetros da cultura visual ocidental, ao exemplificar o lugar e a visão como a inteligibilidade, o espaço vivido encontra-se, geralmente, confrontado com o imperativo de transparência enquanto ferramenta para a criação de um espaço abstracto homogéneo, necessário para a sua concepção enquanto estructura do poder.
Na instalação de Mário Afonso, a utopia mental projectada no objecto inacessível constitui um signo evidente. A obscuridade não se encontra na solidez da muralha sem transparência. Não se trata do objecto escondido atrás da parede. O que realmente se revela é um espaço representativo da nossa intimidade cheio do imaginário que não obedece às regras da coerência e da transparência.
Bojana Bauer
Materiais
24 árvores envazadas provenientes de viveiro, paineis de aglomerado de madeira e cimento, estrutura interna em madeira, acabamento rebocado e pintado, duas ventoínhas, equipamento de som e projecção vídeo.
Ficha Técnica
Concepção Mário Afonso
Colaboração Dramatúrgica Bojana Bauer
Colaboração na Concepção do Espaço Iñaki Zoilo
Consultoria Artístic Maria Filomena Molder
Sonoplastia Jari Marjamaki
Luminotécnica Daniel Worm d’Assumpção
Coordenação Técnica Robert Fuchs
Design gráfico Nuno Luz
Comunicação Rodrigo Saturnino
Gestão Administrativa e Financeira Dora Carvalho/Fórum Dança
Produção Mário Afonso
Assistente de Produção Tânia Afonso
Consultoria de Produção Sofia Campos
Vídeo Promocional Ivo Serra
Agradecimentos Bomba Suicida, Alkantara, Galeria Monumental, Paulo Caramujo, Guy Dusars, Mónia Lopes, Sérgio Silva Cruz, José Mário Brandão e João Vilhena
Apoios Teatro Praga, Fórum Dança, Atelier RE.AL, CENTA , Sintra Verde, C.E.M., Câmara Municipal de Lisboa, Associação Cultural Companhia Clara Andermatt, Fundação Calouste Gulbenkian
Co-produção Festival Temps d’Image, Bains::Connective, Bruxelas, Fundação EDP
Financiamento Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes/Dança 2008
www.museuartecontemporanea.pt/pt/programacao/Peripateticos