register tkb
|
login
please enter your e-mail and password

SUSPENSÃO (2016)

SUSPENSÃO (2016)

 

Uma coreógrafa dois compositores: Clara Andermatt, Jonas Runa e António Sá-Dantas. 

Uma performance, um concerto, uma coreografia musical.

Momentos previstos de imprevisibilidade sentida, tudo nasce em cada instante, todo o som é criado ao vivo.

 

Composição, improvisação, experimentação. Colaboração.
 

A suspensão como movimento perpétuo circular entre encerramento e abertura.

Ser e não ser marcam o ritmo. 
Debilidade e força.

O coração marca uma cadência, assim como a respiração que inspira e expira o ar necessário para a vida.

 

Chega a momentos de transe – obsessão, exploração inquieta, espécie de procura que ignora o seu objetivo final.

Uma livre associação, uma ruptura constante das soluções de continuidade.

 

Um leque, símbolo de asas, metáfora do coração, tudo é matéria da imaginação.

Toda a aparição pode ser vista como dança ou como música. Como ritmo em

qualquer caso, um ritmo que vive da agitação.

Suspender ajuda-nos a esvaziar e a alcançar a serenidade necessária para o fôlego

que o excesso exige.

Energias visíveis e invisíveis – energias da aparição e do desejo, e da morte

também – comuns à arte e à natureza.

 

 

Experimentação com/e invenção de novos instrumentos e novas técnicas de criação sonora; neste projeto procuramos encontrar novas ligações, novos modos de pensar o movimento, novos sons, novos modos de pensar o conjunto como apenas um elemento.

O corpo expressa-se em movimento na criação do som, que muda a percepção do movimento necessário para o ter criado. O corpo como instrumento. O som electrónico, o som acústico transformado eletronicamente, o som acústicotransformado acusticamente, e o som apenas acústico. Neste projeto é desenvolvido um instrumento sensível à luz, montado em vários pontos do espaço; os personagens modulam e criam som (eletroacústico) pelas sombras que vão projetando.

Alguém tem partes do corpo cobertas de microfones de contacto, fazendo com que o movimento da superfície do corpo, da pele, da roupa na pele se tornem audíveis, para além de visíveis. O som, numa relação de reciprocidade com o corpo, é criado pelo movimento, e muda a percepção deste mesmo movimento que o criou, dando ao corpo uma densidade granítica.

Outro, com um estetoscópio transformado, colado à sua caixa torácica (corpo de ressonância humano primordial) que se torna audível. O instrumento vital do coração é tocado, a sua velocidade e intensidade controlada pela respiração, o corpo é usado, abusado e utilizado como instrumento de percussão. A caixa torácica não só faz ressoar o que lá dentro toca, mas também o que de fora entra. A utilização da electrónica nestas diversas formas, une o homem à máquina.

A voz cantada, a voz falada, numa língua nova, momentos de um discurso derradeiro ou ritual desconhecido, enigmático, aproximam-nos de um lado humano, antigo, cómico e sobretudo universal que simultaneamente nos é estranho e

próximo.

Cenas que são variadas e revisitadas, não contam uma história cronológica, mas criam e sugerem figuras, sensações, pequenas histórias (como Kagel), que fluem de uma para outra, que voltam, que ficam, que desaparecem… 
Inspirado, entre outros, na noção grega de epoche, este trabalho intitula-se Suspensão: suspensão por uma duração, do apreender racional do que acontece, em função da experiência vivida simplesmente, que servirá, apenas depois, de material pessoal de reflexão e crescimento.

 

 

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Direção Clara Andermatt

Criação/interpretação/espaço cénico Clara Andermatt, Jonas Tuna, António Sá-

Dantas

Desenho de luz Wilma Moutinho

Figurinos Ana Direito

Construção Espaço cénico Sergio Cobos

Assistência Guy Swinnerton

Sistema electrónico de interação Luz/som Jonas Runa

Produção ACCCA

Coprodução Teatro Viriato

Apoio Espaço do Tempo


Duração 60 minutos

Classificação etária M/6

 

APRESENTAÇÕES
2016

– ESTREIA 12 de Março — Teatro Viriato, Viseu

– (13 de Maio 2016 — Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada)

Image File: